domingo, 14 de fevereiro de 2016

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

200 milhões de mulheres sofreram mutilação genital no mundo, diz Unicef

Pelo menos 200 milhões de meninas e mulheres que vivem atualmente em 30 países sofreram mutilação genital, segundo um relatório apresentado nesta quinta-feira (4) pelo Unicef.
O número aumenta em cerca de 70 milhões os últimos cálculos divulgados em 2014 por contar com mais dados de países onde a prática é muito comum, como a Indonésia, e por causa do crescimento da população em alguns lugares.
A metade dos casos se concentra em apenas três países: Egito, Etiópia e a citada Indonésia, afirma o estudo, publicado às vésperas do Dia Internacional de Tolerância Zero com a Mutilação Genital Feminina.
Do total, 44 milhões das vítimas são meninas de 14 anos ou mais jovens, com vários países onde a prevalência da mutilação genital nessa faixa etária supera 50%.
Na Indonésia, metade das meninas de 11 anos ou menos sofreram esta prática, que habitualmente é realizada nos cinco primeiros anos de vida.
Se o âmbito for restrito às meninas e mulheres que hoje têm entre 15 e 49 anos, praticamente todas as somalis (98%) e guineanas (97%) foram mutiladas.
Segundo o Unicef, a oposição a esta prática está ganhando força e seu uso diminuiu de forma considerável em alguns países como Libéria, Burkina Fasso, Quênia e Egito durante as últimas décadas.
Desde 2008, mais de 15.000 comunidades e distritos em 20 países declararam o abandono da mutilação genital feminina e cinco países aprovaram leis que a criminalizaram.
No entanto, o progresso no conjunto do mundo não é suficiente para resistir ao crescimento demográfico, razão pela qual, se as atuais tendências continuarem, o número de vítimas crescerá durante os próximos 15 anos, assegura o estudo.
O Unicef lembra que com o termo mutilação genital abrange a um número de práticas diferentes que, em todos os casos, violam os direitos das crianças.
"A mutilação genital feminina difere entre regiões e culturas, com algumas formas que representam riscos para a vida. Em todos os casos, violam os direitos das meninas e das mulheres", afirmou em comunicado a subdiretora executiva do Unicef, Geeta Rao Gupta.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Refugiadas sírias sofrem abuso sexual no Líbano, diz Anistia Internacional

As mulheres sírias refugiadas no Líbano se tornaram alvos potenciais da exploração sexual, devido ao endurecimento dos requisitos para obter abrigo e à redução das ajudas financiadas com recursos internacionais, divulgou nesta terça-feira (2) a Anistia Internacional.
Segundo a ONG, as mulheres refugiadas estão particularmente expostas à exploração e muitas delas são vítimas de assédio sexual por parte de chefes e até da polícia.
"Seja porque são mal pagas ou porque vivem em casas sujas e infestadas de ratos, a falta de estabilidade financeira causa enormes dificuldades às mulheres refugiadas e encoraja pessoas em situação de poder a se aproveitarem delas", denunciou a pesquisadora da AI Kathryn Ramsay.
Em um relatório publicado às vésperas da conferência de doadores para a Síria, prevista para a próxima quinta-feira em Londres, a Anistia pede à comunidade internacional um maior esforço para realocar os refugiados que fugiram da Síria desde 2011.